Matos
Sou formada em Design Gráfico e também cursei Moda/Estilismo. Trabalhei com design gráfico e ilustração por 13 anos e nesse meio tempo senti que precisava me expressar de forma mais autoral, por para fora toda a criatividade com mais liberdade. Foi quando iniciei meus experimentos em pintura, comecei a usar novas técnicas e acabei criando minhas personagens.

Iniciei com a pintura em aquarela e a tinta acrílica. Hoje uso também guache, grafite, estêncil, marcadores, colagem e arte digital.
Atualmente tenho buscado inspiração em recordações de minha infância e adolescência, e também, na moda, trabalhos manuais, tudo que tiver a ver com o orgânico, natural, manual.
Mantenho um acervo de imagens, recordações e referências que vou coletando ao longo dos tempos. Desse acervo eu tiro muito do que vai para as telas. Quando começo uma nova obra normalmente ainda não sei como ela vai ser, as cores e texturas vão surgindo conforme vou experimentando. Me sento, ponho uma música, desenho, passo o desenho para o suporte final, faço ajustes, pinto, dou uma pausa de minutos, horas, meses.
Às vezes fico quase um ano trabalhando numa mesma pintura, pois estas pausas para mim são necessárias. Nestas pausas reflito, mudo, reinvento, melhoro alguns detalhes na imagem.


Todos os dias tenho momentos de reflexão, pratico jardinagem, ouço música, desenho, leio, costuro... Preciso ter minha mente sempre ligada a alguma forma de expressão.
Não tenho um trabalho preferido, mas adoro pinturas em largos formatos. Quanto maiores as obras mais me motivo a pintar.

Acho que o momento decisivo foi quando montei meu ateliê, o espaço físico. Foi o ponta pé inicial para criar cada dia mais e mais.
Minhas maiores inspirações vem do poder feminino e da força da natureza, do orgânico. Artistas que me inspiram são: Takashi Murakami, George Babier, Alphonse Mucha. Tudo se reflete de alguma forma nas obras, seja nas cores, na repetição de motivos, na linhas limpas e ao mesmo tempo sinuosas.



Não acho que exista preconceito não, pelo menos nunca senti. Acho que o mercado de arte em geral acolhe bem as mulheres.
Coisas simples. Ver uma plantinha dar frutos finalmente depois de meses a observando no meu jardim. Ler um livro legal. Passar um tempo longe das tintas e voltar super inspirada para uma pintura.
Não ter medo de críticas, experimentar o novo sempre.
Lancei há um mês minha loja online que já está rendendo bons frutos. Para os próximos meses, pretendo lançar um curso online sobre criatividade.
